terça-feira, 22 de junho de 2010



Quando eu morrer

Quando eu morrer,
gostaria que não me velassem
e que meu enterro fosse de tardezinha
na hora da brisa fresca

Aos meus amigos artistas
pesso encarecidamente que:
os artistas plásticos que pintem meu caixão
os da dança que vá afrente do cortejo de malha e de tutu
os da musica sigam me com muita musica alegre, e se não for abusar toquem blues
os irmãos de teatro por favor venham com mascaras


Gostaria de um discurso
não muito longo e nem muito melancólico.
Se caso algum irmão de sangue estiver entre nós
Pesso que antes que me enterrem que sivam uma dose de cachaça
em uma cabaçinha

por favor
bebam a mim!
Os amigos pela despedida
e os inimigos por ficarem livre de mim.