quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Carta

Até onde sabemos o limiar entre a sanidade e a insanidade? Qual é o seu gatilho? O que te pesa na conciencia de tal maneira a ponto de te levar a um distúrbio?? Trazemos em nosso sangue nossas gerações e não temos como mudar isso. Mas é fato que, quando temos uma farpa na mão e a tiramos a sensação é de alivio e de bem estar, mas e quando acontece o contrario? Imagine se sua mão esta limpa e indolor e der repente você resolve colocar uma farpa?Por quanto tempo você irá suportar esta dor? Este incomodo? "A carta" é uma trabalho que tenta levar a visão da Cia Franca de Teatro em conjunto com o Grupo Raízes do Principio para vocês, sobre esta farpa moral que leva uma pessoa que traz consigo uma herança da qual a imposição da sociedade e a mudanças no comportamento humano o induz a aplicar uma farpa em sua conduta. O desfecho desta história convido a vocês, leitores do meu Blog para assistirem na estreia de "A Carta" mas também fica aqui o convite para que acompanhem os processos da criação e a nossa pro pias farpas para a montagem deste espectáculo. até a próxima pastagem deste humilde "mentiroso"

Contra proposta

Primeira parte




Carlos um homem inteligente, e que conta com uma aparência física digna de um Deus Grego olhos verdes, uma pele aveludada de cabelos cacheados louros e estatura alta, seu rosto bem angulado e uma barba por fazer apontado fios loiros arruivados bem distribuídos por sua face. Marta sua noiva uma garota comum sem muito atributos não traz consigo as curvas perfeitas de uma musa, talvez por suas condições precárias na infância, má alimentação e a mistura indígena-europeia .É de confessar que ao ver passear pelas ruas de Aimorés sente-se uma certa estranhes naquele casal nada homogenio. Mas o carinho e os cuidados que se via de Carlos para com marta era de se causar inveja a tratava como uma rainha cor tez, calmo e bem seguro nas palavras sempre que os via na rua ele estava com toda a atenção direccionada a ela pelos gestos e articulações percebia-se que ele se preocupava em ampara-la em seu conhecimento e ela como que num estado hipnótico absorvia a tudo que ouvia e seguia com os olhos todos os gestos e indicações, em alguns momento soltava um sorriso que demonstrava uma subtil quebra no assunto para um flerte apaixonante entre os pombinhos. Eu no auge da minha meia idade observava aquilo sentado em em minha cadeira cativa no café do Théo e me pegava sempre a perguntar "Como a vida nos prega peça é tão raro de se ver uma casal tão apaixonado na verdade para nós observadores da rua o que se vê com frequência é exactamente o oposto lindas mulheres encostando os carros na praça e entrando nos carros dos amantes ou homens pegando garotas nas esquinas da praça". Naquela noite Carlos e Marta estavam bem vestidos passaram pelo café pediram informação sobre uma determinada rua da cidade de pois de informados soube que estavam indo para uma reunião social entre os amigos de trabalho de Marta. Carlos sabia que ficaria meio deslocado nesta reunião mas o fato de ver os olhos de Marta em ter sua companhia fazia com que qualquer sacrifico valesse a pena. Achegarem no apartamento de Mirian o casal foi apresentados aos convidados Carlos como um bom observador notou que Mirian era alem de gerente geral da empresa de consultoria em relações internacionais tinha um extremo bom gosto por decorações e um vasto conhecimento cultural , em sua estante notava-se seu gosto por literatura "Castro Alves, Chico Buarque, Platão, Machado de Assis" ele absorvendo naquele espaço de tempo entre uma apresentação com um cumprimento de aperto de mãos e um sorriso subsídios para um posterior assunto caso consultado em algo mas conciso que o assunto que rodaria na mesa seria trabalho. Foi notório e um tanto chocante a chegada dos jovens pombinhos ao apartamento pela diferença estética entre os dois não tinha como não perceber o espanto e estranheza nos olhos dos convidados nem mesmo Mirian com toda a sua subtileza não conseguia esconder o espanto o que não coibiu o casal que já estava acostumado com a situação de tal maneira que respondia ao espanto com uma indiferença de que nada estava acontecendo enfim já era uma coisa normal